Tóquio - O atacante Martín Palermo roubou a cena na decisão do Mundial Interclubes, em Tóquio. Quem esperava um show do meia Luiz Figo, que luta com Rivaldo e Zidane pelo título de melhor do mundo este ano, viu o centroavante do Boca decidir o jogo com dois gols em apenas seis minutos.
Após o apito final, o jogador, que ganhou o prêmio de melhor atleta da partida, se ajoelhou no gramado e chorou.
Tinha motivos. Ano passado, jogando pela seleção argentina, Palermo tornou-se celebridade por perder três pênaltis, que poderiam ter impedido a derrota para a Colômbia na Copa América, por 3 a 0. Em dezembro, o atacante sofreu uma contusão nos ligamentos do joelho direito que o tirou dos gramados por cinco meses e impediu sua transferência para o futebol italiano.
"Todo o sofrimento daqueles momentos desapareceu porque somos campeões do mundo", disse o jogador, que atribuiu a recuperação ao apoio da mulher brasileira e dos dois filhos. "Vou lembrar desta noite para o resto da vida.
É um dos maiores momentos da minha vida e sempre será."
Tonto - Figo admitiu a superioridade do adversário, mas não escondeu sua decepção. "A gente fica com cara de tonto depois de viajar tantos quilômetros para perder", desabafou o meia português. Para ele, o Real "foi a equipe que tentou jogar" e perdeu por pequenos detalhes.
Em campo, o jogador, responsável pela maior transação do futebol mundial (US$ 56 milhões), não conseguiu se livrar da forte marcação dos argentinos.
Toda vez que tocava na bola, encontrava dois adversários para desarmá-lo.