Rio - Em entrevista coletiva à imprensa, na manhã desta
quarta-feira, na Vila Belmiro, o presidente Marcelo Teixeira informou que o
anúncio do novo técnico do Santos deve acontecer na próxima sexta-feira.
Segundo ele, o clube está trabalhando em cima de apenas dois nomes, um
técnico e um auxiliar, que serão mantidos em sigilo por enquanto.
“Não vamos expor nenhum nome porque não queremos prejudicar o trabalho de
ninguém. Prefiro anunciar a comissão técnica completa em breve”, afirmou.
O perfil do novo técnico, de acordo com Teixeira, não será necessariamente
de um campeão. O dirigente afirmou não estar interessado em treinadores
vencedores e com títulos e sim seu caráter e condições pessoais, reiterando
que está mantendo contato e espera nas próximas horas definir a situação.
Enquanto isso, o ex-jogador e técnico do Santos, Serginho Chulapa, disse que
a possibilidade de voltar a comandar a equipe santista é uma grande
oprtunidade para ele.
“Até o momento não estou sabendo quais são as chances. Se Deus quiser que
aconteça isso novamente será uma boa oportunidade depois de sete anos”, declarou Serginho.
O jogador, que comemorou o último título paulista, em 1984, disse que se
tiver a possibilidade de ajudar tem certeza que será de boa utilidade. Há
também a possibilidade de Serginho fazer parte da comissão técnica, função
que o ex-jogador também não vê problema em exercer.
Já Paulo César Carpegianni, nome mais cotado na Vila Belmiro ao lado de
Cabralzinho, disse que a lembrança de seu nome para o cargo é motivo de
satisfação. “Na primeira negociação que tive com o Santos, antes da entrada de
Parreira, sei que fiz um pedido alto. É que não me agradou este caso de
mandato tampão, de dois meses”, disse.
Depois da saída de Parreira, não houve nenhum contato por parte da direção,
de acordo com Carpegianni. Mas o treinador afirma que, caso assuma o cargo,
muita coisa vai mudar. “Na época, a presidência tinha a preocupação com a minha imagem de durão e
o Santos queria um técnico de diálogo. Eu acho que trabalhamos com
profissionais e não podemos passar a mão nas suas cabeças. Trabalho com
conversa, mas também com cobrança porque a responsabilidade depois é toda do
técnico. Sei que alguns jogadores mandavam no esquema de treinamento do
Santos. Mudavam os treinos do dia inteiro para meio período e faziam outras
indisciplinas. Acho que isso é o fim do mundo e se o elenco chega nessa
situação não é por um fato isolado e sim por uma grande somatória de fatores”, analisou Carpegianni .