BH - Depois da eliminação nas Copas João Havelange e Mercosul, o Atlético-MG promete mudar tudo no clube para a próxima temporada. Além do baixo rendimento do time dentro de campo, os jogadores atleticanos são acusados de participarem de festas regadas a bebidas em um sítio nos arredores de Belo Horizonte, realizadas depois dos jogos da equipe (nos quais o time, invariavelmente, saiu derrotado).
Por este motivo, o elenco deve sofrer uma grande reformulação.
O presidente atleticano Nélio Brant, que concorrerá à reeleição no dia 14 dezembro, afirmou que se vencer o pleito adotará uma nova política para o futebol do clube e seguirá o exemplo do Palmeiras nesta temporada.
"Além de garra e determinação, o Palmeiras sinalizou o exemplo a ser seguido no próximo ano: um time sem estrelas com a disposição dos bons jogadores que tem", disse o presidente do Galo.
Brant entende a revolta da torcida atleticana, que chegou a apedrejar uma das sedes do clube, no bairro de Lourdes. "Apesar de não aceitar a violência como forma de protesto, entendo a reação da torcida. Nosso segundo semestre foi péssimo, horrível mesmo. Um time de grandes jogadores, que recebem altos salários não pode fracassar da forma como fracassamos."
Apesar de Guilherme ser o principal alvo da ira da torcida atleticana, o atacante deve permanecer no clube. No entanto, Brant adiantou o nome de dois jogadores que não deverão disputar a próxima temporada pelo Galo. "O Lincoln e o Mancini são jogadores que estão marcados pela torcida e não têm clima para continuar no Atlético. Como são jovens, vamos emprestá-los, numa forma de preservar os atletas."
Os altos salários também não terão vez no próximo ano. Segundo Brant, o clube vai gastar o que faturar, para não chegar ao final da temporda precisando vender jogadores para equilibrar as finanças.