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“Festas de arromba” marcaram campanha do Galo na JH
Quinta-feira, 30 Novembro de 2000, 19h52

Belo Horizonte - A diretoria do Atlético-MG não quis se posicionar, nesta quinta-feira, sobre denúncias veiculadas pela imprensa de que boa parte dos jogadores do clube teriam promovido, durante a Copa João Havelange, "festas de arromba", com bebidas e mulheres, em um sítio próximo à capital. A notícia revoltou ainda mais os torcedores atleticanos, que já vinham acusando atletas de serem "mercenários".

Segundo as denúncias, os atacantes Guilherme e André, o zagueiro Cláudio Caçapa e o meia Lincoln, entre outros jogadores costumavam ir, após os treinos, para uma casa de campo, pertencente à família do ex-jogador mineiro Marquinhos - em um condomínio às margens da BR-040, na saída de Belo Horizonte para Brasília -, onde aconteciam as festas.

Vizinhos, que freqüentemente reclamavam do barulho, contaram que as reuniões seguiam pela madrugada até o amanhecer. "Não podemos falar sobre denúncias desse tipo, sem consistência e baseadas em relatos de porteiros e pessoas que não deram nome", disse o assessor do clube, Silas Scalioni. "Além do mais, os jogadores mencionados nunca representaram problemas, participaram normalmente dos treinos e dos jogos do time", completou.

Scalioni garantiu, porém, que se houver "algo concreto" sobre o caso os dirigentes poderão tomar alguma atitude.

Os atletas citados como participantes das festas - uma delas teria acontecido em 23 de outubro, um dia após o empate entre o Atlético-MG e o Grêmio por 2 a 2, no Mineirão, resultado que praticamente tirou os mineiros da Copa JH - estão com os passes em negociação.

Punições da diretoria, em razão de mau comportamento, poderiam atrapalhar boas transações. Com os recursos, os administradores do Alvinegro esperam amenizar a grave crise financeira do clube - a dívida ultrapassa R$ 25 milhões e os salários do grupo estão atrasados há dois meses.

Marques - Os dirigentes do Atlético-MG disseram, nesta quinta-feira, desconhecer um novo interesse do Benfica, de Portugal, pela compra do passe do atacante Marques. A notícia foi divulgada por jornais de Lisboa. Há duas semanas, Marques chegou a ter negociada sua transferência para o time português, por US$ 8 milhões.

O presidente do clube europeu, Manoel Vilarinho, no entanto, voltou atrás, alegando que Marques apresentara problemas nos exames médicos. Duas cirurgias feitas por ele há sete e cinco anos - uma para colocação de pinos no tornozelo e a outra para corrigir uma fratura na região pubiana -, poderiam significar queda de rendimento do atleta, no futuro. Até o final da tarde, o Atlético também não havia recebido, oficialmente, comunicação de depósito, pelo Benfica, dos US$ 2 milhões referentes à compra de metade do passe do garoto André.

Agência Estado


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