São Paulo - Desprezada no Brasil, a atacante Sissi é uma autêntica rainha no futebol
norte-americano. Quem garante é a professora Márcia Oliveira, da
Universidade de Mary Hardin-Baylor, no Texas.
Responsável por aulas de ciência de treinamento, ela afirmou que a
comandante da seleção brasileira na Olimpíada de Sydney, na Austrália,
transformou-se em uma galinha dos ovos de ouro da Nike, a exemplo do que
acontece com Ronaldo. "As camisas da CBF com o nome da Sissi vendem como
água", garantiu Márcia Oliveira.
Aos 33 anos, Sissi deve ser uma das principais estrelas do primeiro
campeonato que a liga organizará em 2001. A professora brasileira não tem
dúvidas que o torneio será um sucesso de bilheteria: "O futebol feminino vai
engolir em pouco tempo o masculino."
Ela revelou ainda que os norte-americanos ficam estarrecidos ao saber das
dificuldades das jogadoras brasileiras no país tetracampeão do mundo. Eles
não entendem como a maioria das atletas está desempregada, depois da boa
campanha da seleção nas Olimpíadas de Los Angeles e de Sydney, quando
terminou em quarto lugar, e no último Campeonato Mundial. "Todos acreditavam
que o esporte era superorganizado pela CBF."
Segundo a professora, o futebol feminino é muito badalado nos Estados Unidos
porque não existe o preconceito que ainda impera no Brasil. "Os pais
costumam dar a maior força para as filhas. Adoram vê-las em campo. Os
estádios quase sempre estão cheios."