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Pedida quebra de sigilo bancário de Careca
Sábado, 02 Dezembro de 2000, 17h13

Brasília - O deputado Pedro Celso (PT-DF) irá pedir a quebra do sigilo bancário dos jogadores Careca e Edmar, além da abertura das contas do presidente do União São João, José Mário Pavan. Em viagem à Europa, Celso e o deputado Jurandil Juarez (PMDB-AP), integrantes da CPI da Nike, reuniram documentos e informações sobre a participação dos ex-jogadores e do dirigente na venda do passe de Jedaías Capucho, Jeda, portador de um passaporte falso, que joga no Vicenza, na Itália.

Com a ajuda do consulado brasileiro em Milão, os deputados conseguiram com a Justiça de Vicenza, que está investigando o caso, cópia do contrato de venda do jogador. O contrato fixa em US$ 300 mil o passe de Jeda, mas se ele conseguisse se registrar como jogador comunitário o valor subiria para US$ 1 milhão.

Como jogador não-originário de um país fora da Europa, o passe é desvalorizado porque os clubes precisam respeitar as cotas de estrangeiros. O passaporte de Jeda era português, como os dos outros brasileiros que já foram flagrados com passaportes falsos: Warley, Dedé, Edu, Alberto, Dida e Jorginho.

CPI - Os deputados conversaram por duas horas com Jeda, em Vicenza. Ele contou que pertencia ao União São João, quando foi procurado por Careca e Edmar. O rapaz de 21 anos e do interior do Pará chegou à Europa em companhia de Careca para disputar um torneio de verão chamado Viarejo ou Copa Carnavale."Careca e Edmar montam o time aí, trazem os jogadores para a Europa e tentam vendê-los", relatou Pedro Celso.

Os ex-jogadores, que trabalham com formação de atletas, e Pavan teriam perguntado a Jeda se ele tinha ascendente português. "Minha mãe falou uma vez que o meu avó era português", respondeu. Mas a sua mãe não encontrou os documentos para provar o parentesco. Jeda disse aos deputados que chegou a receber conselhos para não se envolver nesse assunto. O deputado revelou que o jogador contou que Edmar e Careca sempre garantiram a ele que o passaporte era bom e, por isso, concordou.

Segundo os relatos de Jeda, foi Edmar quem, de repente, apareceu com o passaporte falso. Jeda disse aos deputados que nunca recebeu um centavo do Careca ou do Edmar pela assinatura do contrato com o Vicenza. Hoje ganha apenas o salário. Ele comentou que, depois que o passaporte falso foi descoberto, um diretor do Vicenza teria ameaçado vir ao Brasil atrás de Careca e Edmar para reaver o dinheiro.

Nesta semana, Celso vai pedir às autoridades brasileiras que requesitem cópia do depoimento de Careca, na Itália. "Não tivemos acesso por causa do sigilo judicial", lamentou o deputado, mas pela imprensa italiana soube que, nas sete horas de depoimento, o ex-jogador negou envolvimento com a máfia dos passaportes. O Estado procurou o ex-jogador Careca , mas não obteve retorno.

Defesa - Na passagem pela Europa, os deputados foram procurados por Antônio Carlos de Almeida Castro, advogado do empresário Juan Figer, que está sendo investigado pelas CPIs do Futebol e a da Nike. Figer queria dar aos deputados a versão sobre o caso do jogador Edu, que apareceu com passaporte falso, quando estava se transferindo para o Arsenal. Quem teria arrumado o passaporte por US$ 500 seria um português chamado Caldeira, cujos endereços e telefones foram repassados aos parlamentares.

O advogado disse que Figer, há 30 anos no ramo, foi vítima do "despachante de luxo", contratado pelo iuguslavo Miroslav Nestorovic, sócio do empresário espanhol Hermínio Menendez num centro de treinamento em Marbella.

O advogado, em companhia do espanhol e do iuguslavo, contou aos deputados que Figer teria comentado com Menendez que estava tendo dificuldade para vender o passe de Edu. Menendez, então, procurou o seu sócio, Nestorovic, que conversou com Caldeira que garantiu poder "agilizar" o processo . "Edu é neto de português", assegura o advogado, mas para conseguir o passaporte português levaria pelo menos seis meses e o tal Caldeira prometia resolver o problema em 45 dias.

Edu foi detido no aeroporto de Londres com o passaporte arranjado pelo português. Na segunda-feira passada, outro advogado de Figer entrou com uma notícia crime em Portugal para que o caso seja investigado. "Somos os maiores interessados em esclarecer tudo", disse Castro, que suspeita que Caldeira seja a ponta do iceberg" de um esquema que supera a questão dos jogadores brasileiros e facilita a entrada de estrangeiros na Europa.

Agência Estado


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