São Paulo - A façanha de Gustavo Kuerten no Masters Cup de Lisboa mereceu destaque na imprensa internacional. O “New York Times”, por exemplo, enfatizou a vitória do brasileiro sobre três líderes do mundo - Andre Agassi, Pete Sampras e Yevgeny Kafelnikov - em seu caminho rumo ao título.
O diário esportivo francês “L’Equipe”, diz que Guga recebeu o título de "mestre do tênis" e conseguiu uma "missão impossível" ao vencer os mais fortes adversários do mundo, num torneio distante de suas principais características, jogando em uma quadra coberta, com piso de carpete.
Nem tudo foram elogios. A tevê brasileira despertou indignação, como escreveu Brian Homewood, da agência internacional de notícias Reuters. Ele diz que as principais redes do Brasil, as poderosas Globo e SBT, preferiram mostrar "comédias" e "shows de jogos e brincadeiras" a exibir a partida em que um brasileiro conquistou o mundo do tênis ao tornar-se o novo número 1.
Por outro lado, conta que os maiores jornais do País foram "mais generosos", com grandes fotos na primeira página da conquista brasileira em Portugal.
A repercussão da vitória de Guga levou o tradicional diário inglês “The Times” a contar a história do brasileiro saído de Florianópolis e suas dificuldades no circuito internacional diante das grandes estrelas do tênis, até chegar ao topo e transformar-se no melhor do mundo.
Em tom meio poético, o italiano “Gazzetta dello Sport” descreve a conquista de Kuerten como um conto, em que a "fantasia chega ao poder". Diz que o brasileiro, "com sua alegria, sorriso e humanidade rompeu a hegemonia dos Estados Unidos no tênis". Desde 1991, com o sueco Stefan Edberg esta é a primeira vez que um tenista não norte-americano termina a temporada na condição de número 1.