Belo Horizonte - No treino desta terça-feira, o técnico do Cruzeiro, Luiz Felipe Scolari, não pôde contar com cinco jogadores, entregues ao departamento médico. O goleiro Fabiano, com estiramento na coxa, o lateral Sorín, que sofreu uma pancada no pé direito na vitória sobre o Inter, o centroavante Oséas, ainda queixando-se de um problema na bacia, o atacante Giovanni e o volante Ricardinho, ambos com dores musculares, são os problemas do time.
Apesar do grande número de contundidos, que precisam de tempo para se recuperarem, os cruzeirenses continuam reclamando das alterações no calendário da Copa João Havelange. Em função dos compromissos do Vasco, contra o Palmeiras, na decisão da Mercosul, e contra o Paraná Clube, pelas quartas-de-final da Copa JH, os mineiros só voltam a campo no dia 14 - um descanso forçado de quase duas semanas.
Scolari permanece indignado com o adiamento, que pode "quebrar o ritmo de jogo" da equipe. Segundo ele, a troca de datas foi fruto de pressão do dirigente vascaíno Eurico Miranda, que se consideraria uma espécie de dono do campeonato.
Os jogadores do Cruzeiro endossam as palavras do treinador. "Ficamos tristes que, num momento em que se faz uma CPI para moralizar o futebol brasileiro, Eurico Miranda cria mais uma", disse o meia Sérgio Manoel. "O futebol do meu país é bagunçado, mas nunca vi uma coisa dessas", afirmou o lateral argentino Sorín, eleito pelos torcedores como o melhor atleta do Cruzeiro na temporada.
Os dirigentes do Cruzeiro irão se reunir em São Paulo, na quinta-feira, com os representantes do Corinthians e da Hicks Muse, patrocinadora dos dois clubes. Na pauta, a tentativa do time mineiro de contratar Marcelinho Carioca ou Rogério, para reforçar a equipe na disputa da Libertadores, em 2001.