Rio - O advogado Michel Assef afirmou nesta terça-feira que o técnico Wanderley Luxemburgo, seu cliente, não só não deve nada ao Imposto de Renda como é o maior pagador do país, tendo contribuído no último ano com R$ 3 milhões.
“Não sei se Sílvio Santos ou Antônio Ermírio de Moraes, que devem ser os maiores pagadores do país, pagaram a mesma quantia”, afirmou o advogado, que disse ainda que, se o treinador declarasse o que recebeu da Unicor e da Parmalat, teria direito a restituição do imposto.
“Por isso eu digo que o Wanderley é credor da Receita Federal, e não devedor”.
Michel Assef contou que aconselhou Wanderley a não comparecer à CPI do Senado, já que não havia sido intimado oficialmente, mas o técnico preferiu contrariar as orientações dos advogados. Segundo Assef, Wanderley queria uma chance para se defender publicamente das acusações que tem sofrido.
“Convite é feito para batizado ou casamento, por isso ele não deveria ter comparecido. No entanto, já que resolveu contrariar o meu parecer, ele foi aconselhado a dar as explicações necessárias apenas até certo ponto. Mas ele falou demais, sem respeitar as orientações dos
advogados”, afirmou Assef, que apesar disso considera que o técnico não se comprometeu na CPI.
O advogado aproveitou para criticar a insistência dos senadores com a grafia do nome e com a verdadeira idade do ex-treinador da Seleção Brasileira. Para Michel Assef, a população quer saber dos políticos se está havendo investimento em educação e saúde e se existe corrupção no país.