Brasília - O senador Geraldo Althoff (PFL-SC), relator da CPI do futebol, deu como certa a quebra de sigilo bancário da mulher do ex-técnico da seleção brasileira Wanderley Luxemburgo, Josefa Costa Santos Luxemburgo, dona de uma conta bancária no Sun Trust Bank, nos Estados Unidos. “A partir dos depoimentos de Wanderley Luxemburgo estamos estudando esta e outras quebras de sigilo que nós entendemos ser importantes”, adiantou Althoff.
O relator disse também que pretende questionar o empresário J. Havilla, dono da empresa Traffic de marketing esportivo, cujo depoimento está marcado para quinta-feira, sobre depósitos feitos pela Traffic na conta de Luxemburgo.
O ex-técnico disse em seu depoimento que se tratavam de pagamentos por palestras que ele teria dado na empresa, mas o relator quer saber que tipo de palestras foram dadas. A empresa, através de um comunicado, disse que os pagamentos se referiam à participação de Luxemburgo no programa de tevê Super Técnico. “Essa é uma relação que existe e vamos continuar investigando”, disse, lembrando que esse será um dos pontos mais importantes no depoimento de J. Havilla. “Mas também, vamos tratar da relação da Traffic com a CBF”, acrescentou Althoff.
Em 1989, a Traffic e a CBF firmaram um contrato de permissão para explorar a imagem da seleção em marketing, licenciamento e transmissão de TV. Althoff disse também que quer ouvir de J. Havilla sugestões para a elaboração de propostas para a mudança na Lei de Passe.