A saída do patrocinador Ace da camisa do Vasco teve lances inesperados. Executivos
da Procter & Gamble haviam resolvido não mais investir no clube carioca e comunicaram sua decisão a Eurico Miranda, o vice-presidente, em novembro. O contrato termina no fim do ano e não será renovado. A saída era para ser amigável.
Na verdade, há na Procter a certeza de que o patrocínio não estava dando resultado. Além de perder o Mundial de Clubes, os cariocas não conseguiram ganhar nenhum título neste ano, apesar dos altíssimos investimentos.
Eurico Miranda ficou revoltado quando soube da decisão da multinacional e procurou as rádios. O dirigente falou aos repórteres que o Vasco não tinha mais interesse em ter o Ace (uma marca de sabão em pó) como patrocinador. O motivo seria o valor do contrato, muito baixo. Além disso, estaria atrás de outros investidores dispostos a colocar muito mais dinheiro nos cofres do clube. Ou seja, simplesmente inverteu a história.
A relação com os diretores da Procter & Gamble, que já não era boa, azedou de vez. A cúpula da multinacional não esperava por essa atitude do dirigente carioca. E não há mais o menor diálogo entre as partes.