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Gilmar Rinaldi defende Zagallo
Quarta-feira, 06 Dezembro de 2000, 11h14

Rio - Mário Zagallo falou a verdade na CPI do Futebol, na Câmara dos Deputados: ele só soube que Ronaldo tinha passado mal às 17h (horário de Paris) no dia da final da Copa de 1998. Foi o que garantiu Gilmar Rinaldi, na ocasião observador da Seleção Brasileira e que se encontrava na concentração na hora em que o atacante da Internazionale teve a convulsão.

Desta maneira, Gilmar desmente a versão de Edmundo, que afirmou aos deputados que o treinador soube imediatamente do que houve com Ronaldo.

"O Zagallo só soube do que aconteceu às 17h. Não tinha porque chamar o Zagallo no momento em que o jogador passou mal. Ele estava descansando ou assistindo vídeo, não me lembro ao certo. Além disso, havia uma grande confusão. Os jogadores ficaram apavorados em ver o Ronaldo passando mal, alguns até choraram, desesperados. Estávamos também aguardando a chegada ao hotel do Ricardo Teixeira, presidente da CBF, e o Marco Antônio Teixeira, secretário geral da entidadel. Só quando isso aconteceu informamos ao Zagallo o que havia acontecido. Aí houve uma reunião da Comissão Técnica com os dirigentes da CBF. Depois, resolveram levar o Ronaldo à clínica, no centro de Paris", disse Gilmar.

Rinaldi tem uma explicação para Edmundo ter declarado aos deputados que Zagallo soube logo do problema com Ronaldo.

"Os jogadores perderam a noção da hora porque todos estavam preocupados com a saúde do Ronaldo. Aliás, foi por causa do problema do Ronaldo que o Brasil perdeu a Copa do Mundo. Os jogadores ficaram muito abalados emocionalmente. Mas não podemos esquecer também que a Seleção Francesa era muito boa. Acompanhei oito jogos da França e verifiquei que era um time muito sólido e com muitos recursos. Perdia muitos gols, mas foi o time que mais criou a situação de gol durante a Copa", afirmou.

Quanto à Nike, Gilmar Rinaldi disse o seguinte: "O Luís Alexandre acompanhou a delegação no vôo para a França e esteve em todos os treinos. No entanto, dentro da concentração eu só o vi uma vez e não foi no da final. Era normal que ele fosse lá porque tinha que cuidar de todo o material que pudesse estar faltando. Que eu saiba, não havia qualquer tipo de ingerência na Nike". Gulmar contradisse a declaração de Edmundo de que Luís Alexandre acompanhou a delegação brasileira em todos os momentos na França.

Gilmar lembrou ainda que foi ele o encarregado de comunicar Ricardo Teixeira da chegada de Ronaldo ao Estádio da França, com os exames, no dia da final.

"O Ronaldo chegou ao estádio com os exames, dizendo que estava bem, em condições de jogar. Eu fui chamar o Ricardo Teixeira para que ele se reunisse com o delagado do jogo e pudesse alterar a escalação oficial sem contar uma substituição", declarou.

L! Sportpress


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