Rio - Em depoimento prestado nesta quinta-feira na CPI da Câmara dos Deputados, que apura supostas irregularidades no futebol brasileiro, o ex-jogador Careca admitiu que cometeu irregularidades para conseguir passaporte comunitário europeu para o jogador Dedé, que se transferiu para o Vicenza, da Itália, e depois foi pego com documentação falsa.
A CPI vai pedir à Polícia Federal que localize o empresário Jimmy Martins, que teria entregue passaportes falsos a Dedé e Jeda, negociados pelo União São João ao clube italiano.
De acordo com Careca, Martins foi à sede do Campinas (clube do qual o ex-jogador é presidente) e se disse agente credenciado da Fifa, cobrando R$ 40 mil para providenciar os passaportes. O ex-atacante da Seleção Brasileira chegou a falar que desconhecia quem havia promovido as irregularidades, mas mudou de opinião, acusando o empresário.
O presidente da CPI, Aldo Rebelo (PCdoB), solicitou à Polícia Federal que localize Martins e o leve a depor. O empresário também foi convocado a comparecer na Câmara nesta quinta-feira, mas faltou. Os deputados chegaram a suspeitar que o nome de Jimmy Martins é falso.
Outros que prestaram depoimento na CPI foram o ex-atacante Edmar, sócio de Careca, o empresário Eliseu Oliveira e o dirigente do União São João, José Mário Pavan.