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Jogadores do São Caetano convocam todas as torcidas
Sábado, 09 Dezembro de 2000, 19h33

São Paulo - O primeiro jogo deve ser na quinta-feira, no mesmo Parque Antártica, local onde o São Caetano já eliminou favoritos como o Fluminense e o próprio Palmeiras. Com uma diferença: agora, o time é o único representante paulista na competição e por isso mesmo os jogadores esperam o apoio total de palmeirenses, corintianos, são-paulinos e santistas. "O São Caetano agora é a única opção da torcida paulista e agora nós estamos contando com a força de todo mundo", resume o nordestino Zinho.

Tido até então como zebra ao lado do Palmeiras, o São Caetano, no entanto, não pretende abandonar essa imagem de time-surpresa. O argumento é a vantagem do Grêmio, que joga por dois resultados iguais.

"O favoritismo é todo do Grêmio mas nós vamos tentar surpreendê-lo sem mudar absolutamente nada no nosso trabalho", afirma Esquerdinha.

Apesar do favoritismo creditado ao adversário, isso não quer dizer que o São Caetano deve abandonar a sua filosofia de jogo. Seguindo o mesmo discurso que o técnico Jair Picerni vem sustentando desde o primeiro jogo contra o Fluminense, os jogadores prometem enfrentar o Grêmio de igual para igual.

"O Grêmio vai ser uma pedreira mas a nossa equipe já demonstrou que pode enfrentar qualquer adversário de igual para igual", diz o volante Claudecir, um dos destaques da equipe na competição. "É importante também que a nossa equipe não mude de comportamento, porque o São Caetano só está conseguindo se destacar no campeonato porque está conseguindo manter as suas características básicas: um time unido, que luta o tempo todo e que não tem medo de atacar".

Mesmo reconhecendo que o Grêmio deve ser um adversário ainda mais difícil do que Fluminense e Palmeiras, os jogadores do São Caetano, por enquanto, querem apenas comemorar o bom momento do time. A maioria pretende passar o domingo livre, ao lado das famílias, mas sem grandes exageros. "Se deixarem, o São Caetano vai querer chegar até o título", balbuciou o zagueiro Daniel.

"Como a gente veio da segunda divisão muita gente não acreditava no São Caetano. A maioria nem sabia quem era o São Caetano. E a nossa grande vantagem é que o time não vai mudar o comportamento apesar do sucesso que tem alcançado na Copa João Havelange. Ao contrário: vamos continuar valorizando o conjunto e vamos atacar os nossos adversários sem medo, como fizemos com o Fluminense e o Palmeiras. Já que chegamos até aqui, temos de tentar o algo mais. Quem sabe, até o título".

De uma certa forma, porém, os jogadores parecem ter amadurecido e já não se consideram tão inferiores aos adversários de maior renome, como Fluminense, Palmeiras e o próprio Grêmio. A ponto de o meia Adãozinho, no caminho inverso do que disse a grande maioria de seus companheiros, comparar o São Caetano às grandes potências do futebol brasileiro.

"Não quero que minhas palavras sejam mal-interpretadas, mas o São Caetano já provou que está entre os grandes times do futebol brasileiro. Podemos não ser economicamente tão fortes, mas como time e administrativamente, não devemos nada a ninguém".

Agência Estado


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