São Paulo - Os jogadores da Portuguesa reapresentam-se segunda-feira, no Canindé, com uma incerteza: se vão permanecer no clube. A volta das férias está marcada pelo clima de incertezas. Muitos deles, com altos salários, e outros, com contratos vencendo e preço dos passes caros, podem ser dispensados ou negociados.
A nova política de "pés no chão" implantada pode fazer da Lusa um time sem estrelas e com jogadores desconhecidos.
O zagueiro Émerson, maior salário do clube -recebe em torno de R$ 100 mil- deve encabeçar a lista de desmanche. A diretoria estuda algumas propostas de venda do jogador e deve negociá-lo. O goleiro Roger deve ser devolvido ao São Paulo.
Um dos atletas que mais se identifica com a torcida da Lusa, o meia Evandro, também pode estar de malas prontas. "Tenho contrato até janeiro e pretendo cumpri-lo", disse o jogador. Apesar da vontade em cumprir o dever, o "chaveirinho" deve transferir-se ainda este ano. Tem propostas de Guarani, Ponte Preta, Santos e Coritiba. O atleta recebe um salário considerado alto para a nova política do clube e já prevê uma nova novela sobre uma possível renovação. "Os dirigentes nunca acham que merecemos o que pedimos e sim o que eles oferecem. Pelo que representamos para o clube, nosso salário é compatível."
Outros que podem deixar o Canindé são: Simão, Marquinhos Júlio César, Aldo, Vinícius Carioca, Júnior Amorim e Róbson. Na terça-feira, José Carlos Brunoro será apresentado como o novo diretor de futebol e deve anunciar o nome do novo treinador e sua comissão técnica.