Florianópolis - Os surfistas brasileiros estão “amarradões” com a presença de Gustavo Kuerten, o tenista número 1 do mundo, no Havaí. Depois de derrotar o norte-americano Andre Agassi na final do Masters Cup, domingo passado, Guga viajou para o Havaí, onde passa férias.
Na quinta-feira passada, torceu pelos brasileiros na última etapa do World Qualifying Series (WQS), segunda divisão do circuito mundial. Vibrou com a coroação do baiano Armando Daltro como novo campeão do WQS e arriscou manobras nas ondas mais perigosas do mundo.
“O Guga está pegando onda todos os dias”, escreveu Teco Padaratz, por e-mail. “Fez até tow-in (surfe rebocado por jet ski) e acabou pegando uma onda bem grande. Ele está amarradão porque aqui consegue passar despercebido na rua, o que não tem acontecido por um bom tempo”, acrescentou Padaratz, que deve contar com a torcida do conterrâneo no Pipemaster, última etapa do World Chapionship Tour (WCT), a primeira divisão, que começa neste fim de semana. Teco, em nono no ranking, é o brasileiro com a melhor campanha no WCT.
Sem programação definida e sem relógio, Guga viajou ao Havaí ao lado de amigos como Alfio Lagnado, da Hang Loose (patrocinador de Teco), Serginho Viana e Bolacha, ambos de Florianópolis. Alfio, um novo amigo, é assíduo freqüentador das praias do Havaí, conhece os bons endereços, sabe onde estão as melhores ondas e os melhores “points”.
Renan Rocha, que compete no WCT, disse que ficou surpreso quando viu Guga no North Shore. “Torcemos por ele domingo passado e quando o vi na praia nem acreditei.”
Segundo os surfistas profissionais, Guga leva jeito no surfe mas todos ficaram preocupados quando ele quis dropar as ondas grandes. Era a primeira vez que o tenista, habituado a pegar ondas nas praias Brava, Moçambique e Mole, ousava surfar no Havaí, onde boa parte do fundo é de recifes e corais. “Todo mundo ficou preocupado. Levar um caldo aqui é complicado”, disse Renan.