Belo Horizonte - Os integrantes do Movimento Pró-Atlético, que realiza hoje e amanhã uma pesquisa junto à torcida sobre as mudanças necessárias no clube para a próxima temporada, não vislumbram cargos na diretoria que irá trabalhar no próximo triênio. Mas admitem que, se convidados, aceitariam, por acreditarem ter muito o que contribuir com o presidente que será eleito amanhã.
“É claro que dentro do movimento há profissionais competentes, que podem vir a ocupar um cargo de diretoria dentro do clube. Mas, por enquanto, estamos fazendo tudo isso por amor ao Atlético, para ajudar aqueles que vão assumi-lo daqui para frente", ressalta o presidente do MPA, o médico Roberto Pires Moraes.
Os líderes do MPA, que conta com cerca de 200 integrantes, irão distribuir hoje e amanhã formulários onde os torcedores poderão votar no jogador que, na opinião deles, não devem vestir a camisa do Atlético na temporada 2001. “Pode até não ser nenhuma novidade, pois todos já sabem quais são os jogadores marcados pela torcida, mas servirá como uma sinalização para o próximo presidente, para que ele aja sem medo de errar", observa Roberto Pires.
No formulário há também uma pergunta sobre o nome do treinador ideal para a equipe na próxima temporada. A pesquisa do Movimento Pró-Atlético quer saber também de que maneira os torcedores poderiam ajudar o clube a arrecadar dinheiro e sair da crise financeira.
“Nunca vi algo parecido em nenhum clube do Brasil, pois os dirigentes pensam ser reis. Espero que o próximo presidente do Atlético ouça o que os torcedores querem. Às vezes, acha-se que o Wanderley Luxemburgo é o melhor treinador, mas a torcida prefere o José Maria Penna", exemplifica o presidente do MPA, que recebe uma mensalidade - mínimo de R$ 10 - de seus integrantes para organizar manifestações em prol do Atlético. Ano passado, por exemplo, foram distribuídos 60 mil folhetos com o hino do clube na primeira partida da final do Campeonato Brasileiro, contra o Corinthians.