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CPI parte para devassa em clubes
Quarta-feira, 13 Dezembro de 2000, 19h41

Brasília - A CPI do Futebol deu início nesta quarta-feira a uma verdadeira devassa nas contas bancárias e fiscais de 15 clubes de futebol, 6 federações, 15 ex-dirigentes e de mais 4 dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), inclusive as do presidente Ricardo Texeira. Também serão atingidos 5 dirigentes de clubes, entre os quais está o deputado Eurico Miranda, (PPB-RJ), presidente do Vasco da Gama. O dono do instituto de pesquisa Ibope, Carlos Augusto Montenegro, ex-presidente do Botafogo, será igualmente atingido pela quebra do sigilo de suas contas.

Os 42 requerimentos aprovados pela comissão quebram, ainda, o sigilo bancário e fiscal da empresa Lake Blue, além de determinarem à Receita Federal que proceda ao rastreamento da documentação relacionada à empresa de marketing esportivo Traffic. Os senadores pediram à Justiça federal do Rio Grande do Sul cópia do inquérito aberto para investigar a suspeita de que o Grêmio e o Internacional teriam "lavado" dinheiro na venda de jogadores Jardel, Paulo Nunes, Gamarra e Christian.

A iniciativa da CPI colocou em ação uma verdadeira tropa em defesa dos dirigentes do futebol. Houve tumulto, discursos inflamados, teses jurídicas desenvolvidas sem sustentação lógica, mas ao final, esses parlamentares foram derrotados. Entre os mais enfáticos estavam os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Gilvan Borges (PMDB-AP), Bernardo Cabral (PFL-AM) e Leomar Quintanilha (PPB-TO). Todos eles figuras raramente vistas na comissão.

A tese que defendiam é que a CPI não deveria quebrar o sigilo antes de ouvir o depoimento de Ricardo Texeira. "Por considerar que Wanderley Luxemburgo e Ricardo Teixeira são iguais perante a lei é que não posso dar tratamento diferenciado a eles", rebateu o senador José Eduardo Dutra (PT-SE), lembrando que quando o treinador depôs de ter contas abertas.

Ao final, a decisão de votar os requerimentos antes do depoimento de Ricardo Teixeira foi aprovada por sete votos a dois. Se ficasse para depois, como queriam os aliados dos dirigentes, não haveria quorum e a decisão só seria tomada em fevereiro.

A expectativa do relator Geraldo Althoff é de receber a documentação a ponto de serem analisadas no período do recesso parlamentar. Para o relator, o objetivo principal da sessão desta quarta foi atingido. Ricardo Teixeira abriu espontaneamente suas contas. Ainda assim, vai prevalecer o requerimento da comissão.

A justificativa de Althoff para o pedido relacionado a Teixeira é que a medida é indispensável "para fazer o cruzamento das informações dos diversos participantes da estrutura do futebol". A quebra do sigilo do deputado Eurico Miranda tem por motivação a necessidade "de investigar o enriquecimento de dirigentes a partir do desvio das receitas dos clubes". Afirma ainda que Miranda foi incluindo na lista em "função de suspeitas de irregularidades em várias transações envolvendo vultosas somas, entre as quais destacam-se as transações dos jogadores Bebeto, Romário e Edmundo".

Agência Estado


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