Rio - As declarações do técnico do Cruzeiro, Luiz Felipe Scolari, de que jamais trabalharia no Vasco, provocaram reações diferentes em São Januário. O treinador Oswaldo de Oliveira preferiu não polemizar, enquanto o supervisor Isaías Tinoco resolveu partir para o ataque.
"Ele não pode dizer isso, pois não pode prever o futuro. Ele disse que tinha uma boca grande, mas também tem orelha grande e terá de escutar muita coisa", disse Isaías, que passaria a jogar peteca se Scolari tivesse se transferido para o Vasco, segundo o técnico cruzeirense.
O supervisor rebateu as críticas de que o Vasco estava tumultuando a Copa João Havelange ao adiar a partida pela semifinal da Copa João Havelange, que deveria ser realizada na quinta-feira.
"Se alguns times ficaram de 15 a 20 dias sem jogar na Copa João Havelange, foi porque todo mundo pediu o adiamento de suas partidas na Copa Mercosul, com exceção do Vasco. Nós só mudamos a data de um jogo, contra o Coritiba, quando tivemos quatro atletas convocados para a seleção brasileira. O Cruzeiro está esperneando agora, mas foi o primeiro a pedir adiamento de partidas. Ou seja, Scolari está faltando com a verdade e é mentiroso."
Oswaldo de Oliveira não quis criticar as declarações do técnico cruzeirense, mas saiu em defesa do Vasco.
"Eu respeito o ponto de vista dele. Porém, tudo foi feito em benefício do Vasco e sem contrariar a lei", disse.
Os jogadores do Vasco também foram surpreendidos com a afirmação do treinador, que preferiu se transferir para o Cruzeiro a ir para o Vasco. O zagueiro Odvan, por exemplo, comentou que jamais tomaria a atitude de Scolari.
"Quem tem boca fala o que quer, mas eu jamais diria o mesmo que ele."