Nas praias do Rio, ninguém liga para a mudança na data da semifinal
Sexta-feira, 15 Dezembro de 2000, 00h33
Rio - O clima nas ruas e nas praias do Rio de Janeiro, ontem, era de total indiferença em relação à realização da partida entre Vasco e Cruzeiro. Ainda mais que ontem, no Rio, fazia um calor de 33 graus, próprio para pegar umas ondas e um bronzeado para o verão que se aproxima.
Na praia de Copacabana, o vascaÃno e estudante Paulo Roberto Martins, 17 anos, não só apoiava como aplaudia a decisão da direção do Vasco - leia-se Eurico Miranda - em adiar a partida contra o Cruzeiro. “Os jogadores do Vasco estão sendo submetidos a uma rotina de jogos estressantes. Jogam à s terças, quintas e sábado. Assim não dá. O Eurico está certo mesmo em adiar a partida, porque o Cruzeiro, que só está treinando, vai levar vantagem", disse o torcedor, para quem a culpa é da falta de um calendário racional no futebol brasileiro.
O também vascaÃno Eduardo Lunau, 17 anos, é da mesma opinião. E vai além: os jogos deveriam ter um intervalo mÃnimo de 72 horas para serem realizados. “É desumano você jogar de 48 em 48 horas, como estão fazendo com o Vasco", afirmou. A única do grupo de vascaÃno a discordar foi a estudante Michelle Cabral, de 16 anos. “Acho que o Vasco deveria jogar, sim. Pois não houve um acordo?", disse a estudante, que, ao que tudo indica, é dos poucos vascaÃnos que não rezam na mesma cartilha de Eurico Miranda.
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