São Paulo - A diretoria do São Paulo está agindo com rigidez para conter gastos e, para isso, tomou uma atitude radical que entrará em vigor a partir de janeiro: comissão técnica não recebe mais prêmio por vitória ou empate pela primeira vez nos últimos anos. Essa foi uma das exigências feitas pelos dirigentes ao técnico Oswaldo Alvarez antes de ele acertar contrato com o clube.
“A comissão técnica só receberá um prêmio no fim do campeonato caso conquiste o título”, afirmou o presidente Paulo Amaral. “Deixei claro isso para o Vadão e ele aceitou.” Os jogadores não serão, no entanto, atingidos por essa política.
Outra medida adotada pelos são-paulinos será a de “enxugar” a comissão técnica. A psicóloga Suzy Fleury deverá ter sua demissão anunciada nos próximos dias. Ela foi contratada pelo clube a pedido do ex-técnico do time Levir Culpi. A princípio, o clube não terá um psicólogo em 2001.
Da equipe de trabalho de Levir, já deixaram o Morumbi o auxiliar-técnico Luiz Roberto Matter, o supervisor Gilberto Moraes e o preparador físico Carlinhos Neves. Suzy ainda não sabe da provável saída. “Só quero falar do São Paulo quando me reapresentar”, limitou-se a dizer.
Apenas com a troca de treinador, o São Paulo diminui em R$ 105 mil sua folha de pagamento do futebol profissional. Vadão recebe R$ 55 mil, enquanto Levir tinha salário de R$ 160 mil. Carlinhos Neves recebia R$ 35 mil, quase o dobro do substituto Walter Grassmann e Gilberto Moraes e Suzy não terão substitutos.