Rio - A Nike negou com veemência que tivesse tido influência na ida de Ronaldo para o Estado de Colorado, nos Estados Unidos, a fim de que o jogador pudesse dar continuidade ao tratamento de recuperação de lesão no joelho direito. Por meio de seu assessor de Imprensa, Ingo Ostrovsky, a empresa esclareceu que a decisão de viajar para os EUA foi tomada pelo atleta, em conjunto com seus procuradores Alexandre Martins e Reinaldo Pitta, e pelos responsáveis por sua recuperação.
"A Nike foi informada pelos empresários de Ronaldo de que ele escolhera Colorado; foi só isso que aconteceu", afirmou Ostrovsky.
O assessor especial de Ronaldinho, Rodrigo Paiva, também desmentiu a informação do fisioterapeuta francês Remy Rouillant, de que a Nike teria responsabilidade na ida do atleta para os EUA. "Isso não é verdade, a opção foi do próprio Ronaldo, depois de consultar o doutor Gérard Saillant."
De acordo com Paiva, o médico oferecera quatro opções ao atacante da Inter de Milão: fazer o tratamento em clínicas da Suíça, França, Itália e do Estado do Colorado, a que mais agradou o jogador. "Ele preferiu os EUA porque o futebol naquele país não é popular e ele poderia ter privacidade."
Nesta sexta-feira, Rodrigo Paiva conversou várias vezes por telefone com Ronaldo, de quem reproduziu a seguinte frase: "Estão inventando mentiras. A Nike somente me deu estrutura para ficar nos Estados Unidos."
A Nike, segundo seu contrato com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), tem poder para escolher amistosos da seleção - dois por ano - e exigir a presença de oito dos principais jogadores do Brasil nessas partidas. O término do contrato está previsto para 2006. Ele resulta num investimento aproximado de US$ 400 milhões da empresa com a entidade.