Rio - Um antigo sonho tricolor pode se transformar em realidade neste fim de ano. Depois de tentar sem sucesso a contratação de Ramon, em 1997, o Fluminense volta a investir no apoiador. O presidente David Fischel admitiu que ele faz parte dos planos da diretoria para a próxima temporada.
“Ramon é bom e faz parte da lista de bons jogadores e nos quais o Fluminense tem interesse. Mas não fizemos contato nem com o jogador nem com o Atlético-MG, pois nosso objetivo no momento é cuidar da renovação de contratos. Somente depois de resolvermos esses problemas é que vamos partir para as contratações”, afirmou o dirigente.
A tarefa, no entanto, não deverá ser das mais difíceis. O Atlético Mineiro está com sérios problemas financeiros e não vê a hora de vender um de seus principais jogadores. Ramon, a dupla de ataque Marques/Guilherme e o zagueiro Caçapa encabeçam a lista. Como o clube precisa de dinheiro, é possível que aceite vender o apoiador, que não goza de prestígio com a torcida atleticana, por um valor abaixo dos US$ 3 milhões pagos ao Vasco no início deste ano. Outra possibilidade admitida pela diretoria do Atlético, porém menos provável, é o troca-troca.
De férias em Belo Horizonte, Ramon não esconde a felicidade por poder voltar a jogar no Rio de Janeiro, cidade onde conquistou os títulos mais importantes da carreira. “Voltar para o Rio de Janeiro seria uma alegria muito grande, pois vivi bons momentos na cidade. Conquistei vários títulos e me projetei no cenário do futebol brasileiro atuando pelo Vasco. Seria excelente, ainda mais jogando pelo Fluminense, clube com o qual qualquer jogador sonha”, afirmou o apoiador, de 28 anos.
Nem a possibilidade de substituir Roger, ídolo da torcida do Fluminense, é capaz de assustar Ramon. “Substituir Roger, prata-da-casa que cresceu no clube e se tornou ídolo da torcida, é uma tremenda responsabilidade. Mas com personalidade é possível superar as cobranças. Sem dúvida, será um desafio”, afirmou Ramon.
O possível reforço fez questão de elogiar a campanha do Fluminense na temporada de 2000. Principalmente na Copa João Havelange, em que chegou às oitavas-de-final. “O Fluminense mostrou que é um grande clube. Reestruturou-se fora de campo, montou um bom time e fez excelente campanha tanto na Copa do Brasil, em que foi eliminado pelo Atlético, quanto na Copa João Havelange. Tem tudo para se dar bem em 2001”, disse.