São Paulo - O tenista Gustavo Kuerten teve um final de manhã diferente, nesta terça-feira. Depois de treinar durante 2h30, com o mineiro André Sá e o israelense Eial Erlich, sob o sol forte, na academia do técnico Larri Passos, em Balneário Camboriú, Guga bateu papo, na internet, com fãs de todo o Brasil.
Durante 30 minutos, Guga, que está fazendo a pré-temporada, com Sá, Erlich, Harel Levy, Noam Okum e Antônio Prieto, respondeu às perguntas dos fãs. Até jogadores que disputaram o circuito juvenil e agora vivem fora do Brasil, jogando tênis universitário, perguntavam a Guga se ainda havia jeito de se tornar profissional.
E Guga incentivou. "É claro, tem que seguir dando duro, batalhando e jogando com muita vontade."
A maioria das perguntas girava em torno de Guga ser número um do mundo e das expectativas para 2001. "Já estou me preparando. Acabei de sair do treino e tenho certeza que o ano que vem vai ser um ano diferente, com experiências novas. Vou tentar me manter no topo e quem sabe ganhar mais um Grand Slam."
Perguntaram a Guga se ele estaria disposto a fazer uma preparação especial para o torneio de Wimbledon e ele respondeu. "Vamos lá como todos os anos e Wimbledon não é dos meus torneios favoritos. Acho que prefiro ganhar Roland Garros outra vez."
E o Australian Open? "Esse ano não vai dar para jogar nenhum torneio preparatório, porque tenho que treinar e tive que descansar nas últimas duas semanas. Mas o mais difícil lá é o fuso e a falta de ritmo."
Os fãs mais curiosos, que se identificavam como sendo da Bahia, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, entre muitos outros Estados, queriam saber detalhes do circuito profissional e questionaram o brasileiro, sobre os jogadores mais legais e os mais chatos do tour. "Tem uns malas aí, mas eu me dou bem com a maioria dos tenistas, especialmente o Meligeni, o Lapentti, etc. O mais antipático deve ser o Tarango."
Aproveitando a oportunidade rara de falar com o ídolo on-line, o pessoal perguntava a Guga sobre as declarações que o russo Yevgeny Kafelnikov dá, sempre criticando alguma coisa ou menosprezando algumas pessoas. "O cara fala o que ele acha. Mas eu não ligo para isso."
Durante o bate papo, Guga revelou que as uas melhores partidas que fez em 2000 foram duas finais de Masters Series, a de Miami contra Pete Sampras e a de Hamburgo, contra Marat Safin. "Disputar uma final é sempre tenso, é um clima diferente, eu suo muito e a adrenalina sobe", respondeu o número um do mundo, quando perguntaram sobre a emoção de se jogar uma final importante.
Para finalizar o chat, realizado no escritório do técnico Larri Passos, em sua academia, Guga disse estar surpreso por estar liderando a pesquisa da CNN, que está elegendo o melhor atleta do mundo, em 2000. "É demais. Nunca pensei que fosse tão longe assim."
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