São Paulo - O novo departamento de futebol do Grêmio trabalhou intensamente na manhã e na tarde de ontem, preparando a lista de dispensas e de possíveis contratações de jogadores. Além disso, os dirigentes trabalharam sobre o nome do futuro treinador do Tricolor, já que o técnico Celso Roth, cujo contrato termina em 31 de dezembro, é uma carta praticamente fora do baralho — desde que foi reeleito, dia 18 de dezembro, o presidente do clube, José Alberto Guerreiro, em nenhum momento garantiu a manutenção de Roth.
José Otávio Germano, escolhido na sexta-feira vice de futebol, prefere ser cuidadoso quanto ao treinador que estará à frente do Grêmio no início da temporada de 2001. Mesmo assim, dirigentes do Tricolor afirmaram que o perfil do novo técnico deve adequar-se ao estilo do futebol gaúcho, ou seja, pegador, de forte marcação sem desprezar a técnica. Dentro dessas características, o nome de Tite, campeão do Gauchão 2000 pelo Caxias e atualmente sem clube, é um dos mais cotados para assumir o comando do time do Olímpico.
”Não podemos ter muita pressa para definir o nosso treinador, mas é fundamental neste momento termos agilidade sem sermos precipitados — ponderou Germano.
Especulações sobre contratações de jogadores começam a aparecer no Olímpico. Com as fracas atuações de Patrício e de Sandro Neves na Copa João Havelange, o Grêmio está procurando um lateral-esquerdo confiável. Felipe, reserva no Vasco, é uma alternativa, porém o clube gaúcho não pretende ousar nos negócios:
”Qualquer contratação somente será feita se o Grêmio tiver condições financeiras de sustentá-la”, garantiu o novo diretor de futebol, Luiz Eurico Vallandro.
Quanto à permanência de Ronaldinho no Olímpico, tanto Germano quanto Vallandro consideram prioritário a renovação do contrato com o atacante — o contrato acaba dia 15 de fevereiro.
”É o desejo de todos os torcedores gremistas que o Ronaldinho fique no clube”, disse Germano, passando a responsabilidade da negociação com o craque para o presidente Guerreiro.