”Esses são os novos meninos da Vila Belmiro.”
Entre 1997 e 1999, essa frase cansou de ser pronunciada na Vila Belmiro. Adiel, Eduardo Marques, Michel, Aílton, Fernando Fumagalli, Baiano e Jean, eram vistos como as esperanças do Santos para o futuro.
Tinham talento, vinham mostrando muito serviço nos treinos. O sucesso seria apenas uma questão de tempo, diziam os especialistas.
Passados três anos, apenas Michel e Eduardo Marques permanecem no clube, mas sem o reconhecimento com que sonhavam. Adiel, que era considerado o melhor dessa geração, após uma fatura por estresse na tíbia esquerda, nunca mais foi o mesmo. Após ficar encostado por um ano, foi emprestado a um time da segunda divisão do Japão.
Outros como Jean, Baiano, Fernando Fumagalli, Rodrigão e Gustavo Neri precisaram sair da Vila Belmiro para ganhar projeção.
”Para um jovem que começa no Santos é muito difícil suportar a pressão da torcida. Eu sofri muito com isso. Tive de sair para ser reconhecido”, explica Baiano, que hoje defende o Las Palmas, da Espanha.
Hoje, novos jogadores começam a despontar. São os casos de Gauchinho, Preto, Pereira, Elano, além de André Luís, que já chegou à Seleção Brasileira.
“São jovens de talento que não podem ser queimados como aqueles outros de alguns anos”, explica Chico Formiga, coordenador do Departamento Amador do Peixe. Formiga fala com a autoridade de quem formou os verdadeiros (e, por enquanto, únicos) Meninos da Vila, campeões paulistas de 1978.