Rio - Você lembra de Reinaldo, meia-atacante que foi revelação do União São João, em 96, e acabou como moeda de troca no Morumbi? Sim, ele conquistou o Módulo Amarelo da Copa João Havelange pelo Paraná Clube, chegou às quartas-de-final e acabou se valorizando. Em seis meses, marcou poucos gols (cinco em 29 jogos), mas conseguiu atrair a atenção dos principais times paranaenses.
Nada de novo. No segundo semestre de 99, defendeu o Sport e conseguiu destaque semelhante. Os rivais Santa Cruz e Náutico até tentaram contratá-lo por empréstimo, mas o São Paulo não o liberou.
Hoje, Reinaldo vive sua vingança particular. No São Paulo foi reserva com Nelsinho Baptista e Paulo César Carpegiani e dispensado por Levir Culpi. Agora, é o centro do imbróglio envolvendo o próprio Tricolor, o Atlético-PR e o Paraná Clube.
Explica-se: para liberar Kelly, que foi indicado pelo técnico Oswaldo Alvarez, o Atlético-PR pede três jogadores, entre eles Reinaldo. O problema é que o São Paulo já acertou a prorrogação do empréstimo do jogador (junto com o zagueiro Nem e volante Fabrício) ao Paraná Clube, quando definiu a permanência de Ilan por mais seis meses.
Entre os diretores do São Paulo, esse detalhe deve impedir a contratação de Kelly por empréstimo.
”O passe do Kelly custa US$ 5 milhões (cerca de R$ 10 milhões). Se o São Paulo quiser comprá-lo, é só pagar o valor. Mas se quiser negociar, o Reinaldo nos interessa. O Sandro Hiroshi não está nos nossos planos”, afirma Valmor Zimerman, diretor de futebol do Atlético-PR.
Apesar de estar pessimista quanto a uma troca entre Reinaldo e Kelly, Zimerman considera provável o empréstimo de Adriano Vieira ao Tricolor. O procurador do jogador, Luís Taveira, é o mesmo de Reinaldo.
Enquanto o imbróglio não se resolve, o diretor são-paulino José Dias afirma que a chegada de Adriano Vieira depende apenas da liberação do Olympique, de Marselha, algo que aconteceu há duas semanas.
E Vadão terá de esperar 2001...