São Paulo - O índice de rejeição ao zagueiro Júnior Baiano em São Januário é grande. Criado nas divisões de base do Flamengo e marcado por ter feito gestos obscenos para a torcida vascaína durante um jogo com o Palmeiras, pela Taça Libertadores, em 99, o zagueiro não liga para as vaias e, mesmo após as ótimas atuações contra Cruzeiro e São Caetano, brinca ao dizer que a sua preocupação é conquistar o coração de sua mulher.
”Quero conquistar somente o coração da minha esposa. Não sei de torcida, quero jogar, ser campeão. Sou profissional”, afirmou.
Aos 30 anos, com a disputa de uma Copa do Mundo no currículo (foi vice-campeão mundial na França, em 1998), Júnior Baiano acredita ter finalmente atingido a maturidade dentro do futebol.
”Vivo tranqüilo. Não tenho que dar recado a ninguém. Não faço média. Apenas trabalho”, disse.
Alvo das provocações adversárias por onde passa, Júnior Baiano limita-se a dizer que retribui o tratamento oferecido.
”Sou marcado. Se a torcida me perturba, perturbo também.”
Multado em R$ 90 pelo STJD pela expulsão contra o Paraná, o zagueiro de 1,92m, tem presença assegurada na decisão e vira suas atenções para o pequeno Adhemar, de 1,68m.
”Ele se movimenta muito e prepara sempre o chute para a perna direita. Por isso, não se pode dar espaços a ele”, alerta.
Baiano pede respeito ao São Caetano e ensina o atalho para o título.
’Temos que decidir o jogo logo, fazendo uma marcação forte. O São Caetano é um time veloz, que tem toque de bola. Mas o Vasco tem também grandes jogadores”, diz.