Rio - O reveillon de Magno Alves será cercado de incertezas. Na hora de estourar o champanhe, sua felicidade pela valorização no ano 2000 se juntará à apreensão quanto a seu futuro em 2001. Este ano, o atacante conseguiu gravar seu nome na galeria de artilheiros do Fluminense, tornando-se o maior da história do clube num só Campeonato Brasileiro. Mas os 20 gols que marcou na Copa João Havelange geraram um impasse entre ele a diretoria: as duas partes querem entendimento, mas o acordo está difícil.
O superintendente do clube, Paulo Angioni, já se reuniu duas vezes com o procurador de Magno Alves, Pedrinho Vicençote, e nada evoluiu. O atacante justifica sua posição. “Tenho a consciência de que estou muito valorizado no mercado, pelo que fiz no segundo semestre. Entrei para a história do Fluminense”, afirmou o artilheiro.
Segundo o presidente David Fischel, o atacante quer R$ 180 mil por mês para a renovar contrato. Quase quatro vezes o valor de seu atual salário, de cerca de R$ 50 mil mensais. Mas Magno Alves prefere não falar em cifras e transfere a responsabilidade para seu procurador. “Já conversei com Pedrinho e disse a ele os valores que recebi este ano. E é ele quem está avaliando o que eu mereço receber daqui para frente”, justificou.
Mesmo não sendo mais o principal goleador do Brasil, o atacante recebeu a primeira sondagem de um clube europeu, o Racing Santander, da Espanha Mas se deslumbrou. “Sempre surge esse tipo de conversa. Em outras oportunidades também houve interesse do Santos e do Internacional, mas não deu em nada. Não gosto de pensar nesse tipo de coisa, porque já passei por isso antes. Só falo sobre esse assunto quando estiver tudo certo, com o preto no branco”, desabafou.