São Paulo - O juiz Moisés Cohen, da 11ª Vara Cível do Rio de Janeiro, concedeu liminar interditando o campo e a arquibancada do estádio de São Januário, de propriedade do Vasco. No último sábado, 159 pessoas ficaram feridas na queda do alambrado durante o jogo contra o São Caetano, pela final da Copa JH. A partida teve de ser interrompida por falta de segurança, o que gerou um impasse no campeonato.
A liminar foi concedida a pedido do advogado Jorge Beja, representante do torcedor vascaíno João Batista Cecioso de Sá, que estava no estádio no dia do jogo com seu filho, João Vitor Peris de Sá.
O delegado José Renato Torres do Nascimento, da 17ª DP (São Cristóvão), responsável pela investigação do caso, esteve em São Januário na manhã desta quinta para cumprir a ordem de interdição.
Torres Nascimento, acompanhado de três oficiais de Justiça, entregou a intimação judicial a um representante da diretoria e afixou uma cópia da decisão na entrada social do estádio.
São Januário poderá ser usado pela equipe somente para treinos. Para abrir novamente o estádio ao público, o Vasco precisará receber autorização da Defesa Civil, do Instituto de Criminalística Carlos Éboli e da Justiça.
"Minha função é interditar o estádio. Posteriormente, será requisitado também o depósito judicial da renda do jogo", disse o delegado.
O resultado da perícia deverá ser divulgado em apenas duas semanas. Com isso, ficaria complicada a realização de novo jogo entre as duas equipes no Rio de Janeiro, uma vez que o Maracanã está fechado para reformas.
O Clube dos 13, que organiza a Copa JH, faz reunião na próxima segunda-feira no Rio para definir a situação do campeonato.