Santos - O Santos passou um ano inteiro tendo dois goleiros de Seleção Brasileira à disposição. Mas 2001 começa com a promessa de Marcelo Teixeira, presidente do clube, de que um goleiro será negociado em breve. “Vivemos uma situação até certo ponto inusitada. Nenhum clube do Brasil conta com dois goleiros tão bons”, explica o presidente.
O que parecia um privilégio, passou a ser um fardo. E pesado. Durante o ano passado, por várias vezes, Fábio Costa reclamou um lugar no time. Por outro lado, Carlos Germano, cujos vencimentos atingem R$ 200 mil mensais, passou a ser um obstáculo à nova política salarial do Santos.
Em um programa de televisão, Marcelo Teixeira afirmou que Fábio Costa poderia ser o titular do time. Essa declaração fez com que muitas pessoas considerassem Carlos Germano carta fora do baralho santista.
Mas o cartola apressou-se em se explicar. “Eu fui mal interpretado. Não estou escalando ninguém. Só disse que o Fábio é bom goleiro e que tem condições de ser titular. Mas isso não depende de mim e sim do treinador”, afirmou.
Para Germano, se a diretoria quer dispensar um jogador, tem de arrumar um clube para encaixá-lo. “Para sair um, eles têm de arranjar um clube para esse. Agora, eu não sei qual a opinião do Marcelo sobre quem deve jogar. Só sei que ele tem um treinador”, alfinetou Germano.
Para Geninho, a saída de um dos goleiros é necessária. “Quando se tem dois jogadores da categoria deles a situação para o clube fica complicada. Aquele que não joga vai lá para baixo. Fica mal, descontente”, explica o treinador.
Geninho garante que não sabe quem fica ou quem sai, mas admite que a saída de Germano é provável. “Como a política do Santos é reduzir gastos com a folha, a saída de Germano seria a que melhor se aplicaria às intenções do clube”, diz.
Circulou ontem, na Vila Belmiro, a informação de que Germano estaria negociando sua transferência. Nem o goleiro, nem a diretoria confirmou.