Rio - Sabe aquele regime que você sempre adia? Ou aquela troca de carro, ou de namorada, que nunca acontece? Pois o "agora vai", típico de toda virada de ano, não podia deixar de estar presente também no elenco do Corinthians. Mais especificamente na lateral direita, posição em que um velho conhecido da Fiel reina sozinho neste início de temporada: Índio.
”Em 2001, não vou só marcar. Vou também partir para cima. Com os treinos, estou ficando com mais velocidade e vou atacar mais”, promete o lateral, um dos alvos preferidos das críticas da torcidas.
A partir da chance concedida pelo técnico Darío Pereyra, que o efetivou como titular, Índio se empolga e traça o seu novo perfil, muito mais versátil e arrojado.
”Não sou habilidoso como o Felipe, do Vasco, mas vou fazer gol. Todo lateral tá fazendo gol... Neste ano, vou fazer o melhor possível”, diz, com palavras de recém-contratado.
Em três anos nos profissionais do Corinthians, Índio participou de 106 partidas, marcando apenas dois gols no período, uma média inexpressiva de 0,6 gol por temporada, ou um gol a cada 53 jogos. Como toda promessa de início de ano, a do lateral-direito do Timão também se propõe a explicar os motivos que o impediram de realizá-la antes.
”No ano passado, eu me machuquei e, mesmo sentindo dor no púbis, continuei jogando. Graças a Deus, isso parou. Eu sentia muita dor e, por isso, não atacava muito. Só ficava mais na defesa”, explica.
Nem mesmo a possibilidade de contratação de Arce intimida o discurso ousado do lateral corintiano.
”Está todo mundo falando do Arce. Não ligo. Outros laterais já passaram por aqui e sempre joguei. O treinador é quem define o titular. Se eu estiver bem, ele vai me colocar.”
”Agora, vocês vão ver outro Índio em campo”, garante "Super Índio".