Rio - Depois de um conturbado relacionamento com o alemão
Michael Schumacher quando eram companheiros na equipe Ferrari de Fórmula 1,
o irlandês Eddie Irvine, que desde o ano passado pilota para a Jaguar,
passou a elogiar o tricampeão mundial, assumindo uma posição diferente de
quando dividiam o cockpit da "scuderia rossa". Indagado sobre a atual
postura de Irvine, Schumacher foi irônico. “Ele ultimamente tem falado tão bem de mim que parece até meu assessor de
imprensa.”
Sobre as recentes críticas a seu respeito feitas pelo inglês Johnny Herbert,
que deixou a F-1 e está tentando uma vaga em uma equipe para disputar a
Fórmula Indy nesta temporada, Schumy disse que não pode ser amigo de todo
mundo. Herbert afirmou esta semana que Schumacher, de quem foi companheiro
na Benetton em 1994/95, era o "ovo podre da Fórmula 1".
Participando do festival anual de inverno da Ferrariem Madonna di Campiglio,
nos alpes italianos, Schumacher opinou sobre as novas limitações
aerodinâmicas introduzidas na Fórmula 1 para esta temporada. Para ele, não
será mais difícil pitotar, ainda que, em alguns circuitos, o carro deslize
mais em alguns pontos da pista. Mas, em geral, a forma de guiar não deve se
alterar significativamente.
Tricampeão da categoria, faltam apenas oito vitórias para Schumacher bater o
recorde do francês Alain Prost (que venceu 51 vezes) e tornar-se o maior
ganhador de GPs de todos os tempos na Fórmula 1. Além disso, o alemão, se
conquistar o título, igualará o mesmo Prost em conquistas de campeonato e
ficará atrás somente do recordista absoluto, Juan Manuel Fangio, o único
pentacampeão da F-1. No entanto, Schumacher afirmou que isso não é tão
importante quanto voltar a ser campeão pela Ferrari.
“Os recordes de Prost e Fangio não me interessam pois, caso conseguisse
batê-los, eu perderia a motivação para continuar pilotando. Ano passado tive
a alegria de dar um título à Ferrari e gostaria de poder repetir o feito em
2001”, encerrou Schumacher, com a autoridade de melhor piloto de corridas da
atualidade.