São Paulo - Entra Sandro Hiroshi, sai Marcelo Ramos. Sem os reforços pedidos para o meio-campo e o ataque, essa será, por enquanto, a única alteração que o técnico Oswaldo Alvarez fará com relação à base da equipe comandada por Levir Culpi, no segundo semestre de 2000.
Do goleiro Rogério Ceni ao atacante França, os jogadores serão os mesmos. Na zaga, Wilson, que terminou o ano substituindo o paraguaio Ayala, que estava machucado, continua como titular.
A diferença, confirmada por todos os jogadores entrevistados pelo LANCE!, está na postura defensiva cobrada por Vadão. Para o treinador, tão importante quanto marcar gols é evitar que o adversário jogue.
”Todo técnico tem seu estilo. Vadão pediu mais atenção à marcação. Ele quer um time mais pegador”, entrega o atacante Sandro Hiroshi, que pela primeira vez no São Paulo começa a temporada como titular.
”Bem diferente do ano passado... Eu estava suspenso e tinha de esperar até abril para jogar. Este ano, além de estar livre, começo o campeonato como titular. É bem diferente, né...”, comemora Sandro Hiroshi, como se só agora começasse a gozar o prazer da liberdade.
Entre novembro de 99 e abril do ano passado, o atacante esteve suspenso pela CBF por ter utilizado certidão de nascimento adulterada.
Sobre o novo sistema de jogo do Tricolor, o zagueiro Wilson fala a mesma coisa que Hiroshi. Sinal de que o São Paulo será – pelo menos é o que pretende o técnico – mais aguerrido e fará marcação sob pressão em determinados momentos.
”Pelo que deu para sentir nesses primeiros treinos, ele (Vadão) quer mais força, mais pegada. Afinal, time só funciona matando os atacantes adversários”, brinca Wilson.
Outros detalhes como o aquecimento antes dos treinos e realizar coletivo na véspera de uma partida são mais algumas diferenças entre Levir e Vadão. Não que um seja melhor que o outro (fazem questão de destacar os jogadores), mas são detalhes que não passam despercebidos pelos atletas.