Rio - Uma nova era começa a surgir no futebol paulista. Pelo menos nos gramados da garotada que disputa a Copa São Paulo de Juniores, onde uma legião de desconhecidos vem tomando o espaço antes ocupado por equipes tradicionais.
Os mesmos desconhecidos que, no início do campeonato, foram criticados pelo inchaço que causariam em uma competição que atingia a marca recorde de 72 participantes em 2001.
Desconhecidos que aceitaram as críticas calados e preferiram mostrar, dentro de campo, que seriam muito mais que coadjuvantes.
Afinal, times como o Primavera, de Indaiatuba, e o Roma, de Barueri, prontos para disputarem as semifinais da Copinha, já não podem ser tratados como coadjuvantes.
”Chegamos aqui enfrentando times fortíssimos. Todos os times que enfrentamos disputaram a Copa JH. Por isso, provamos que não estamos aqui por acaso”, diz o técnico do Primavera, Roberto Fernandes.
E para eliminar favoritos como Vasco e Ponte Preta, o trabalho na equipe de Indaiatuba começou no final do ano passado.
”Em novembro, demos início ao trabalho para avaliar os jogadores que já estavam no elenco e outros que chegaram por indicação de empresários. Foi um trabalho muito criterioso, tanto que alguns jogadores que não foram aprovados aqui disputaram a Copa como titulares em outros times”, contou Fernandes.
Nesta avaliação, surgiu a parceria com o União São João, e a chegada de jogadores com experiência entre os profissionais do time de Araras. Era o que bastava para o sucesso de um time que estreou na Copa São Paulo este ano, e ainda não se satisfez com a vaga na semifinal.
Agora que chegamos aqui, podemos tudo. Espero que as pessoas continuem nos tratando como uma surpresa, o time do interior que vai jogar na retranca. A surpresa será ainda maior – desafia Fernandes.