Porto Alegre - Ao contrário do que se ensina normalmente, nem sempre a atitude de bom moço é a mais indicada. Pelo menos na hora de finalizar um ataque na Superliga Masculina de Vôlei, o técnico da Ulbra, Jorge Schmidt, prefere um atacante selvagem, que não tenha dó nem piedade do adversário.
Encerrado o primeiro turno da fase classificatória, Jorginho concluiu que uma das deficiências da equipe de Canoas esteve no ataque, sendo um dos fatores responsáveis pela inconstância do grupo que busca o tricampeonato da Superliga.
"Nós melhoramos no saque e no bloqueio, estamos bem no levantamento e na defesa, mas falhando na finalização", avalia Jorginho. "O que equivale à perda de duas oportunidades de fazer o ponto, a do erro e a chance dada ao outro time de contra-atacar."
O treinador não chega a estar preocupado, mas está avaliando seus sistemas técnico e tático: "A dificuldade no ataque não é uma questão de força. É de tranqüilidade."
Jorginho planeja algumas conversas com os jogadores a fim de ser bem incisivo no esclarecimento da situação da Ulbra na classificação – é a sexta colocada entre 13 participantes, dos quais os oito melhores passam para as quartas-de-final, em meados de março.
A posição na tabela não o incomoda, pois, segundo ele, está dentro das metas propostas inicialmente pela Ulbra. "Questionável é a derrota de sábado (3 a 1 para o Palmeiras/Guarulhos, nono colocado), porque nós sabíamos que era possível vencer", lamenta o treinador.
Na Serra, o técnico do Bento Gonçalves está otimista. Roberley Leonaldo, o Rubinho, que dirigiu o time nas quatro últimas partidas, constatou que o grupo vem crescendo de produção. "As vitórias virão a partir disso", garante o treinador, cujo time é o 11º na tabela.
O Bento estréia no segundo turno amanhã, às 20h30min, recebendo a Uneb (DF). A Ulbra folga na rodada.