Rio - Alguns deputados da CPI da Câmara, que investiga supostas irregularidades no futebol brasileiro, viajam para o Maranhão nesta quarta-feira para colher depoimentos sobre a adulteração na idade de vários jogadores. Os casos dos atletas Marlon, do São Caetano, e Preto, do Santos, que começaram jogando no estado nordestino, chamaram a atenção dos parlamentares para o assunto, já que ambos são acusados de terem documentos adulterados.
Segundo informações da Agência Câmara, o relator da CPI, deputado Sílvio Torres (PSDB-SP), está confiante no trabalho que será desenvolvido no Maranhão. “O Maranhão é uma verdadeira gatolândia”, afirmou Torres, referindo-se aos jogadores que têm a idade adulterada em documentos, vulgarmente chamados de gatos.
Dentre as pessoas que prestarão depoimentos estão Carlos Alberto Ferreira, presidente da Federação Maranhense de Futebol, Antônio Cassas de Lima, ex-presidente do Moto Clube-MA, donos de cartórios e o jogador Raimundo Nonato, acusado de possuir documentos com a idade adulterada. Ainda existem acusações do envolvimento de dirigentes maranhenses em sonegação fiscal e tráfico de menores para o exterior.
Cassas de Lima, em novembro, disse aos parlamentares que assinou a ficha adulterada do meia Jackson, atualmente jogador do Cruzeiro.
Mesmo sabendo que poderão sofrer atentados no Maranhão, os deputados dispensaram o forte esquema de segurança que estava sendo armado para protegê-los e não solicitaram apoio da Polícia Federal. Apenas seis seguranças farão a escolta aos parlamentares em solo maranhense.