Florianópolis - O presidente da Associação Brasileira de Surfe Profissional (Abrasp) estreou com vitória no Reef Brazil Classic, segunda etapa da WQS-2001. Isso soa estranho para quem tenta imaginar Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), disputando hoje um Fla-Flu no Maracanã.
Mas não é o caso de Pedro Muller, atualmente o principal dirigente do surfe brasileiro, que tem 34 anos e disputa sua primeira competição após assumir o cargo, no início do mês. “Tentei separar as coisas e não pensar muito no meu novo cargo”, disse Pedro, que ficou em primeiro lugar em sua bateria, derrotando os brasileiros Gustavo Santos, Carlos Santos e Flávio Costa e garantindo uma vaga na terceira rodada, que será disputada nesta sexta-feira.
“Estou me preocupando porque é um cargo importante e uma novidade para mim. Participar de um campeonato é uma forma de estar perto dos competidores para saber do que estão precisando”.
Na verdade, Pedro não precisa disso para saber quais seriam os problemas do surfe nacional. Afinal, ele disputa o Campeonato Brasileiro desde 1987 e já levava o surfe a sério a partir dos 15 anos, época em que sua família se mudou para São Conrado, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro. O fato é que ele não consegue deixar a praia.
“Às vezes penso em parar, mas eu gosto muito de competir. Enquanto eu estiver com resultados bons no SuperSurf, vou continuar”.
Nesta sexta, Pedro enfrentará na terceira rodada os brasileiros Flávio Costa e Edgar Bischoff e Jonathan Gonzalez, das Ilhas Canárias.