São Paulo - Comportado Luizão está longe de ser. Estilo c.d.f. nunca foi. O artilheiro do Campeonato Paulista e do Torneio Rio-São Paulo é, na essência, um líder insaciável e rebelde, algo semelhante aos vocalistas do mais puro rock n’ roll. Cabe uma correção para o capitão que comandou a quebra do jejum de quatro meses sem vitória do Timão: rock n’gol.
”Já fui mais rebelde. Quando cheguei ao Palmeiras, com 20 anos, eu tinha uma outra cabeça. Hoje, sou mais tranqüilo”, afirma.
É em campo que o "espírito rock" de Luizão se manifesta mais intensamente. Com seis gols nos três jogos realizados pelo Corinthians em 2001 (quatro pelo Rio-São Paulo e dois pelo Paulista), Luizão quer superar a marca pessoal do ano passado, quando foi o artilheiro corintiano com 28 gols.
”Quero fazer, no mínimo, 30 gols neste ano. Não faço a contagem dos gols, mas pela minha cabeça já fiz mais de 200 na carreira”, calcula.
”A meta de todo atacante é ser o artilheiro. Sou artilheiro nas duas competições e quero continuar assim”, sonha o jogador.
Sem papas na língua, Luizão não foge à responsabilidade. Escolhido para ser o capitão da equipe pelo técnico Darío Pereyra, o artilheiro só cresceu de produção desde então.
”Nunca fui capitão na minha vida e ser escolhido pelo Darío para capitão do Corinthians me deu muita confiança. Fico muito feliz.”
Historicamente, Luizão carrega consigo problemas com a balança. Durante a pré-temporada, ele submeteu-se a uma dieta especial para perder peso, fazendo as refeições no próprio quarto. Porque, claro, o homem rock n’ gol tem suas manias.