São Paulo - Segundo Eduardo de Rose, membro da Comissão Antidopagem do Comitê Olímpico Internacional, o consumo de cocaína é antigo no esporte, mas não é capaz de favorecer seu consumidor:
”A cocaína é ingerida desde 1990, aproximadamente, mas não é um aliado do atleta pois não lhe traz benefícios. Quando alguém consome cocaína, só sente os efeitos durante 20 ou 30 minutos. “
O médico explicou que o antidoping não está relacionado apenas a substâncias que favoreçam o atleta e sim àquelas proibidas.
”A cocaína mesmo é um exemplo: não faz bem, mas se enquadra na categoria dos estimulantes. As outras quatro são narcóticos analgésicos, agentes anabólicos, diuréticos e hormônios peptídicos”, explicou.
Para Eduardo de Rose, o fato de ter sido encontrada apenas a substância benzoilecgonina, derivada da cocaína, na urina do zagueiro, mostra que ele não consumiu a droga no dia da partida:
”É difícil dar um parecer preciso sem ver o resultado do exame, mas acredito que Júnior Baiano tenha se dopado dois ou três dias antes da final.”