Porto Alege - Marcelinho não quer ser apontado como substituto de Ronaldinho. O reforço do Grêmio, trazido do Olympique, de Marselha, por US$ 4 milhões, desembarcou terça-feira Porto Alegre e avisou que tem seu estilo próprio de jogar.
“Não venho para ser o sucessor de Ronaldinho. Quero é jogar ao lado dele”, afirmou Marcelinho, antecipando que manterá o hábito de comemorar cada gol exibindo no peito a inscrição 100% Paraíba.
Uma de suas primeiras iniciativas será expor ao próprio Ronaldinho os problemas vividos pelos jogadores brasileiros em território francês. No seu caso, além das dificuldades com a língua e a frieza do grupo, alega que pesou também a má vontade do treinador espanhol Javier Clemente, substituto de Abel Braga. “Ele chegou dizendo que não gosta de brasileiro”, contou Marcelinho.
No Grêmio, é certo, não faltará calor humano. A integração ao grupo ficará por conta do lateral Anderson e do atacante Warley, companheiros dos tempos de São Paulo.
Marcelinho quer estrear já na próxima semana, se possível. Seu último jogo foi contra o Toulon, há 10 dias. Também estava escalado para enfrentar o Bordeaux, na sexta-feira, mas, ansioso por retornar ao país, pediu para ficar de fora. Ao todo, foram seis gols em meio ano na França.”Atuando no Grêmio, estarei mais perto da Seleção”, disse o atacante.
Os números da negociação foram revelados sem rodeios pelo vice de futebol, José Otávio Germano. Os primeiros US$ 500 mil o Grêmio pagará em seis parcelas, até o fim deste ano. Outros US$ 3,5 milhões serão saldados em 24 parcelas, a partir de março de 2002. A primeira informação era de que Marcelinho custaria US$ 5 milhões. “Foi um bom negócio, que realizamos com paciência”, afirmou Germano.