Rio de Janeiro - Tanus Jorge Nahem, presidente da Comissão
Antidopagem da CBF, afirmou nesta quarta-feira que não existe a
possibilidade de ter acontecido erro no exame que detectou doping do
zagueiro Júnior Baiano, do Vasco, pela presença da substância
benzoilecgonina, um metabólico da cocaína.
“A possibilidade de erro neste tipo de exame é zero. Esta
substância tem que passar pelo organismo. O Ladetec fez análise três ou
quatro vezes. Além disso, a comtraprova foi acompanhada por doutor Manoel
Moutinho, vice-presidente médico do Vasco”, afirmou Tanus Jorge Nagem.
O presidente da Comissão Antidopagem da CBF também declarou que nem
é preciso fazer exame de sangue para não ter qualquer risco de se divulgar
caso de doping por cocaína.
“Hoje em dia os exames são muito eficazes por causa da tecnologia
utilizada. Além do mais, o exame de sangue é mais agressivo. Imagine se após
o esforço de uma partida o jogador ainda fosse obrigado a se submeter a um
exame de sangue. O Comitê Olímpico Internacional (COI) só utilizou também o
exame de sangue nas Olimpíadas de Sydney por causa da substância
Eritropoietina, o hormônio do desenvolvimento. Isso aconteceu para dar o
respaldo jurídico”, disse o médico.
Tanus Jorge Nagem lembrou do caso de doping do atacante Dinei.
“A cocaína é uma droga social, presente na sociedade. Felizmente,
desde 1996, quando presido a Comissão Antidopagem da CBF, foram constatados
poucos casos de doping por uso de cocaína. Um deles foi o do Dinei.
Felizmente ele está recuperado. Hoje em dia é meu amigo.”