Curitiba - O Paraná tem apresentado nesse início de temporada o mesmo problema que teve no ano passado: a falta de um legítimo centroavante, aquele jogador que faça os gols, mais conhecido na gíria futebolística como "matador".
No ano passado, Márcio e Flávio se revezaram na função. O primeiro começou a JH como titular, mas logo perdeu a posição para Flávio, que no final da competição estava dando conta do recado. Hoje, ele está fazendo seus gols no Vitória da Bahia.
“Assim como o Flávio engrenou em 2000, agora temos que engrenar outro homem de referência na área”, comenta o técnico Carbone.
E o técnico tem três opções para encontrar esse homem: Márcio, Tico e Elizeu. Segundo Carbone, esses três nomes podem jogar mais fixos na área. Ele salienta, entretanto, que a dificuldade em se fixar um jogador no comando do ataque é conseqüência da falta de entrosamento entre os jogadores. “Não tem tido bolas lançadas à área, então fica difícil do atacante receber – analisa o técnico tricolor”.
Márcio concorda com Carbone e afirma que está buscando adaptar seu estilo de jogo para que seja o eleito do treinador. “Está faltando alguém que se entrose mais com o meio. Por isso estou trabalhando firme para me adaptar mais ao Lucio Flávio e Reinaldo, ou seja, me movimentando muito para criar espaços para os jogadores que vêm de trás”, explica Márcio, que ontem treinou fazendo dupla com Narcízio.
O auxiliar técnico Saulo, maior goleador da história do Paraná, vem tentando ensinar seus segredos aos jogadores. Segundo o ex-ídolo tricolor, falta mais segurança e tranqüilidade para os jogadores se tornarem verdadeiros matadores.
“O centroavante, quando pega a bola e tem a chance de fazer o gol não pode pensar em passar para o companheiro. Tem que ser fominha, no bom sentido”, ensina Saulo.
Segundo o auxiliar, Márcio, que ganhou a vaga de Elizeu, tem demonstrado uma boa evolução nos treinamentos. “Ele melhorou bastante o domínio e a finalização”, completa.