Porto Alegre - Empreendedor nato, o ex-presidente Hélio Dourado não esperou pela liberação dos U$ 20 milhões prometidos pela ISL para a execução de obras patrimoniais e passou a trabalhar.
Usando recursos do próprio clube, o antigo vice de patrimônio, agora transformado em presidente de obras, pôs-se a alterar a fisionomia do Estádio Olímpico, lançou a pedra fundamental do Centro de Treinamentos de Eldorado do Sul e começou a remodelar a área pertencente ao Grêmio no Cristal. Se fosse esperar pelo dinheiro suíço, seus sonhos ainda estariam no papel.
Agora, Dourado aguarda informações do novo vice-presidente de finanças, Jaime de Marco, que substituiu Martinho Faria, sobre a data em que a ISL fará o repasse do dinheiro prometido por ocasião da assinatura do contrato. Freqüentes rumores sobre um estremecimento nas relações entre os dois parceiros não chegam a lhe provocar maiores sobressaltos.
Hélio Dourado tem a garantia do presidente José Alberto Guerreiro de que o dinheiro reservado para as obras não será utilizado para cobrir alguma necessidade urgente do departamento de futebol. Algo como pagar salários de jogadores.
”São compartimentos estanques, isso está no contrato”, afirma o responsável pela reforma do Olímpico, concluída em 1980, quando era presidente do clube.
O CT de Eldorado do Sul, que levará o nome de Hélio Dourado, já conta com sete campos. No Cristal, haverá uma área específica para futebol feminino.
É no Olímpico que ocorreram as modificações mais profundas. Elas incluem um novo vestiário para visitantes, início da remodelação do museu, anfiteatro com capacidade para 80 pessoas, nova administração, construção do pórtico de entrada, sala para o presidente do Conselho Deliberativo e obras de manutenção, entre vários outros itens.
Como o orçamento doméstico era apertado, foram necessárias várias permutas para a execução dos trabalhos. A troca de material de construção por painéis dentro do estádio foi o recursos utilizado com maior freqüência.