Curitiba - Ao derrotar o Paraná por 2 a 1, na noite desta
quarta-feira em Curitiba, o Internacional conseguiu seu primeiro resultado
positivo na Copa Sul Minas, chegou aos 4 pontos e manteve a esperança de se
classificar para a próxima fase pelo índice técnico. O próximo jogo será na
próxima semana no Beira-Rio, contra o Joinville.
O atacante Luiz Claudio conseguiu condição de jogo com uma liminar da
Justiça do Trabalho. Segundo o Vasco e a CBF, Luiz Claudio está mal inscrito
- o que será definido em julgamento do STJD na próxima semana. Mas o
atacante ficou no banco, só entrando na metade do segundo tempo.
A vitória do Inter foi justa. A equipe fez sua melhor partida do ano.
Recuperou a consistência defensiva do ano passado, mostrou bom toque de bola
no meio-campo e exibiu garra ao segurar o resultado com dez homens -
Carlinhos foi expulso no início do segundo tempo.
O Paraná fez um primeiro tempo surpreendentemente ruim: travado, tenso,
inoperante. Típico de time em crise, técnico de cabeça a prêmio, como é o
seu caso pela má campanha no campeonato estadual. A equipe de Carbone não
conseguiu nenhuma conclusão de dentro da grande área. E, nos raros chutes de
longe, só exigiu o mínimo do goleiro João Gabriel.
O Internacional soube explorar o péssimo estado psicológico do adversário,
que atuou a maior parte desse período abaixo de vaias. Depois de dez minutos
muito contidos, a equipe de Zé Mário foi saindo aos poucos. E descobrindo
vastos espaços atrás da zaga paranaense.
Atrás, o cabeça-de-área colorado Guerreiro ganhava todas. No meio-campo, Gil
Baiano fazia sua melhor partida no Inter. E, na frente, Fábio Pinto
atropelava a todos com sua velocidade.
Aos 16, saiu o gol dos gaúchos. Gil Baiano avançou pelo meio, lançou Fábio
Pinto, que se deslocava para a direita, e correu para a área. Gil recebeu um
cruzamento medido, na marca do pênalti. Dominou e colocou rasteiro, no canto
esquerdo.
O Inter ainda desfrutou de outras duas chances. Aos 25, Fábio Pinto escapou
pela esquerda e entrou livre, mas adiantou a bola. Marcos saiu do gol e
abafou. Aos 29, Bruno ficou livre pela direita e soltou a bomba, obrigando
Marcos a espalmar para escanteio pela direita.
O segundo tempo começou como se esperava: com o Paraná abafando. César veio
no lugar de Vanderlei na lateral-esauerda, para melhorar o apoio por aquele
lado.
O problema do Paraná, dessa vez, foi o azar: aos 4, Lê recebeu grande passe
de Dênis pela meia direita e foi derrubado. Ele mesmo bateu a falta, sobre a
barreira, no canto esquerdo, embaixo. Marcos foi e falhou: espalmou fraco e
a bola entrou. Inter 2 a 0.
O problema do Inter é que Carlinhos, que já tinha cartão amarelo, cometeu
uma falta desnecessária e foi expulso muito cedo, aos 7. E aos 9 o Paraná
descontou. Ronaldo Alfredo cobrou escanteio da esquerda e Márcio marcou um
grande gol: saltou mais alto que o goleiro João Gabriel e cabeceou para o
meio do gol. Paraná 1 x 2 Inter.
Mas a mediocridade do Paraná continuou a mesma do primeiro tempo.. Acertou
mais os passes, adiantou a marcação e foi para o sufoco - para errar tudo na
hora da conclusão. Só ofereceu perigo nas bolas paradas. Aos 29, Hélcio
saltou mais do que Ronaldo e cabeceou rente ao poste esquerdo. Aos 32, Marco
Antônio chutou forte da meia esquerda, rente ao travessão. Aos 34, Marcelo
Santos deu um presente a Hélcio, que chutou forte da risca da área, mas onde
João Gabriel estava.
O Inter, ao contrário, tocou a bola com muita tranquilidade, e sobretudo se
fechou com competência. Logo depois da expulsão de Carlinhos, o técnico Zé
Mário substituiu Lê por Marcelo Santos, que se desdobrou ao lado de
Guerreiro no primeiro combate. Mais tarde, Fábio Pinto deu lugar a Luiz
Claudio, que se fixou entre os zagueiros, e Leandro Tavares entrou no lugar
de Gil Baiano. Tudo isso resultou em bola mais tocada e muita cera, até o
final.