Alexandre Rodrigues
Porto Alegre – No mesmo dia em que voltou a ser convocado para a seleção brasileira, Ronaldinho tem mais um motivo para comemorar. À meia-noite desta quinta-feira termina o contrato do jogador com o Grêmio. O único empecilho na transferência milionária para o Paris Saint-Germain (PSG) é a liminar concedida pela Justiça do Trabalho que estabelece uma multa de R$ 84 milhões caso seja confirmada a negociação.
O advogado de Ronaldinho, Sérgio Neves, deverá apresentar até segunda-feira explicações à juíza Antônia Mara Vieira Loguércio, da Justiça do Trabalho, que concedeu a liminar. Neves tentará convencer a juíza a suspender a liminar e já admite recorrer até ao Supremo Tribunal Federal (STF) se não conseguir.
A liminar concedida pela juíza impede a CBF de autorizar a transferência de Ronaldinho para o PSG. O valor de R$ 84 milhões estabelecido como multa é o mesmo fixado pelo Grêmio na Federação Gaúcha para o passe do jogador. O representante do clube francês na América do Sul, Eric Lovey, estima, porém, que a indenização ao Grêmio chegará no máximo a US$ 4 milhões. O valor pode ser arbitrado pela Fifa.
Enquanto aguarda o desfecho da guerra judicial, Ronaldinho manterá o vínculo com o Grêmio. Pela Lei Pelé, só a partir de 24 de março – quando acabará o passe a partir do fim dos contratos – ele poderá ir para a equipe francesa, com a qual já assinou um pré-contrato de cinco anos.
A alegação do Grêmio para impedir a transferência é que o contrato de Ronaldinho que se encerra nesta quinta-feira foi feito quando ainda estava em vigor a Lei Zico, que prevê a existência do passe. Segundo o clube, a Lei Pelé não teria efeito neste caso.