São Paulo - Com a mesma precisão de seus arremessos de três pontos, o ala
Marcelinho, do Botafogo carioca, já traçou seu futuro: brilhar na NBA, o
campeonato de basquete mais badalado do planeta. "Meu projeto é jogar
entre os melhores do mundo. Se não chegar lá, ficarei frustrado",
confessou Marcelino no programa 'Bola da Vez', que será apresentado
neste sábado (dia 17), às 22h30, na ESPN Brasil.
E para que o sonho se transforme em realidade, Marcelinho tratou de
contratar um personal trainer, para ganhar massa muscular e deixar de
lado o apelido de 'Fiapo', uma assessoria de imprensa, uma nutricionista
e um agente, profissionais que são pagos pelo próprio jogador, já que o
Botafogo atravessa grave crise financeira.
"Acredito muito no meu potencial, no meu faro pela cesta. Hoje não
existe mais tanta diferença entre o basquete disputado nos Estados
Unidos e em outros países. A gente percebe isso quando entra em quadra",
garantiu Marcelinho, certo de que conseguirá sucesso na NBA. "Se for
preciso, vou fazer até um estágio na Europa. Minha pretensão não é ser
ídolo, mas chegar ao meu limite."
Considerado um dos melhores jogadores do país, Marcelinho afirmou que
aprendeu muito com o técnico Emmanuel Bonfim, do Botafogo: "Ele me
alertou que não adianta nada ser individualista, marcar 40 pontos e o
time perder. O Michael Jordan fazia 50 pontos por partida, mas nunca ia
a um playoff. Depois que passou a jogar coletivamente, colecionou vários
títulos."
Quando não está treinando (arremessa cerca de 500 bolas por dia),
Marcelinho gosta de tirar um som no tamborim. Uma paixão que nasceu
ainda criança. "Meu pai tocava e fui na onda." Outra curtição do jogador
é o surfe. "Comprei uma prancha e hoje luto para ficar pelo menos 25
segundos em cima dela", disse o cestinha, convicto de que seu negócio é
mesmo uma bola de basquete.