Recife - Reviravolta no caso Sangaletti. Ontem, o Sport conseguiu uma liminar no Tribunal Regional do Trabalho - 6ª Região, concedida pelo juiz Davidson Tolentino de Almeida, determinando a suspensão dos efeitos da antecipação de tutela e cancelando o contrato do atleta com o Náutico. Isso quer dizer que, enquanto a liminar estiver valendo ou até o mérito da questão ter sido julgado, o passe do volante volta a ser do clube rubro-negro.
O Sport também impetrou um mandado de segurança semelhante para tentar reaver o passe do goleiro Albérico. Mas, neste caso, a resposta do juiz foi negativa. Só que a questão do passe de Sangaletti ainda não está totalmente definida em favor do Sport. Fernando Coelho, advogado do jogador, vai tentar cassar a liminar ainda nesta sexta.
“Tomei conhecimento da decisão apenas pela Imprensa. Amanhã (hoje) vou confirmar as informações e, se for verdade, vou entrar com um agravo”, avisou. Fernando tem esperança de conseguir reverter a situação. Com isso, Sangaletti poderia participar do clássico contra o Santa Cruz, marcado para segunda-feira.
Caso a liminar não seja cassada, Fernando Coelho vai tentar definir a situação na reunião do Pleno do Tribunal, que deverá acontecer na próxima quinta-feira, onde será julgado o mérito da questão. “A torcida do Náutico pode ficar tranqüila. Tenho certeza que vamos derrubar a liminar”, aposta o advogado.
Sangaletti ficou surpreso com a notícia de que seu passe voltaria a pertencer ao Sport. “Estou muito chateado. Minha situação é bastante delicada e não posso falar nada. Fico sem saber se vou participar ou não da próxima partida. Só quero trabalhar”, desabafou. Sangaletti só não respondeu se jogaria novamente no Sport. “É melhor esperar as coisas serem resolvidas”, desconversou.
André Campos, presidente do Náutico, disse que o problema é entre o Sport e Sangaletti. “Mais vamos dar todo apoio ao atleta. Acho que esse é um problema que será resolvido logo. Mas o clube não vai ser prejudicado. Fizemos contrato com um atleta que tinha passe livre, concedido pela própria Justiça”.