São Paulo - Condições financeiras para um acerto entre Corinthians e Rincón praticamente não existem. Nesta sexta, o vice-presidente de futebol do Timão, Antonio Roque Citadini, revelou ao LANCE! um enxugamento de R$ 500 mil na folha de pagamento do clube em relação ao final de 2000 e, apesar de firmar posição de interesse no futebol do meio-campista colombiano, não está disposto a aumentar substancialmente a proposta apresentada, e recusada, ao jogador, o que caminharia contra a política de redução de custos dos últimos meses.
“Duas coisas. A primeira: temos interesse no Rincón. A segunda: se ele imagina que vamos fazer um contrato nos valores daquele que ele mantém com o Santos, não há a menor chance”, garante Citadini.
Para voltar ao Parque São Jorge, Rincón pediu ao Corinthians cerca de US$ 3 milhões (R$ 6 milhões) por um contrato de uma temporada. A contraproposta corintiana foi bem menos da metade: R$ 1 milhão pelo ano de contrato. “A proposta que o Rincón fez inicialmente é muito alta. Não podemos partir da idéia do contrato proposto pelo Corinthians um ano atrás. Estamos em outra realidade”, afirma o dirigente do Timão.
Em janeiro de 2000, após a conquista do Mundial de Clubes, o Corinthians propôs um contrato em bases parecidas àquelas oferecidas pelo Santos, que na época tirou o colombiano do Parque São Jorge com uma sedutora proposta de mais de R$ 250 mil mensais. “Estamos fazendo um esforço para equilibrar nosso orçamento para manter uma política de acordo com a nova realidade do futebol. Pode ter certeza que, se contratamos, pagamos em dia”, gaba-se Citadini.
Embora esteja com contrato em vigência com o Santos, Rincón foi liberado para procurar outro clube porque o Peixe não consegue cumprir o compromisso assumido com o colombiano, que só volta para o Timão se aceitar negociar nas bases propostas pelo clube. Anteontem, frustrado, Rincón chegou até a cogitar permanecer na Vila Belmiro.