Pequim - A China recomendou aos membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) que analisem apenas os aspectos desportivos do país, sem levar em consideração o passado chinês de violação de direitos humanos.
Com a sombra da dura repressão chinesa sobre o movimento espiritual Falun Gong pairando sobre a inspeção do COI, o prefeito de Pequim, Liu Qi, disse que a candidatura da cidade deve ser medida apenas por seus méritos desportivos.
Em entrevista concedida à agência de notícias Xinhua, Liu afirmou que a China está "totalmente contra o cancelamento da candidatura chinesa em nome dos direitos humanos''.
"Nós somos uma superpotência esportiva de 1,2 bilhão de habitantes e amamos o movimento olímpico, mas nunca sediamos uma Olimpíada'', disse Liu.
Os 17 membros do COI vão examinar as condições da cidade entre quarta-feira e sábado, e suas impressões vão ajudar a entidade a escolher a sede das Olimpíadas de 2008, na votação a ser realizada no dia 13 de julho, em Moscou.
Um dos atos do governo chinês mais criticados por grupos de direitos humanos foi a violenta repressão efetuada pela polícia contra membros do movimento religioso Falun Gong, que foram espancados na Praça da Paz Celestial em 1999.
A polícia aumentou a vigilância sobre o Falun Gong, que quase diariamente promove manifestações contra o governo, que baniu movimento em 1999, acusando-o de culto satânico.